O
principal argumento que a Presidenta Dilma Rousseff tem usado para justificar
as "pedaladas" e as exorbitantes manipulações das contas públicas é o
de que o "fim justifica os meios". Isso é na essência o que ela está
dizendo quando explica que não fez nada de errado, pois apenas utilizou
recursos para beneficiar milhões de brasileiros através dos megalomaníacos e
populistas planos de assistência: Minha Casa Minha Vida, Pronatec, Bolsa
Família, Fies, entre outros, e para os quais não contava com recursos orçamentários.
Aliás, "o fim justifica os meios" tem sido o principal fundamento
ideológico do PT desde que chegou ao poder há doze anos e foi com base nesse
princípio que se elaborou um plano de institucionalizar a corrupção e montar a
maior máquina de esvaziamento dos cofres públicos de que se tem notícia num
sistema democrático, para poder assim dispor dos recursos financeiros
ilimitados que permitissem comprar direta ou indiretamente a quantidade de
votos necessários para se perpetuar indefinidamente no poder, com a conivência
e participação, é claro, da chamada base "aliada". Esse era o plano
dos principais estrategistas do PT no Governo Lula José Dirceu, José Genoino, e Delubio Soares.
Acabaram todos presos. Até agora, os exemplos de governos que implantaram o
sistema de corrupção sistemática e o esvaziamento dos cofres públicos com fins
de financiamento partidário para se perpetuar indefinidamente no poder só
tinham acontecido em ditaduras e governos totalitários: Benito Mussolini, Adolf
Hitler, Francisco Franco, Sadam Hussei, Kim II-sung, Juan Domingo Perón, Idi
Amin, Suharto, Fulgêncio Batista, Alfredo Srtroessner, Getúlio Vargas, para
lembrar alguns dos integrantes "ilustres" da longa lista de ditadores
do século XX., cujo princípio fundamental para explicar as ações arbitrárias e
ilícitas do governo era ou ainda é "o fim justifica os meios". Assim,
durante o governo do PT, o Brasil se torna o primeiro país do mundo onde a
corrupção foi institucionalizada num regime democrático. Não que a corrupção tenha
começado com o PT ou que não tenha existido antes do PT. Como a própria
Presidenta disse durante uma entrevista em resposta às manifestações populares
contra seu governo em 15/03/2015: "a corrupção é uma senhora idosa".
Tão idosa que se remonta à época do Império; ou seja, é uma senhora de mais de
duzentos anos de vida e com a saúde cada vez mais forte. A corrupção no sistema
sócio-político-econômico brasileiro sempre existiu, como acontece em todos os
países democráticos. Entretanto, a maquiavélica e perversa diferença do novo
modelo político-econômico implantado no Brasil pelo PT nos governos de Luís
Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff consiste na institucionalização da
corrupção por um partido político, com a participação direta de mais quatro
partidos políticos aliados (PP, PMDB, PSDB e PTB) cujas bancadas juntas
representam 71% dos integrantes da Câmara dos Deputados. Ou seja, no sistema
político-econômico implantado pelo PT e seus "aliados" na sociedade
brasileira, a corrupção é a regra e não a exceção, ao contrário do que acontece
nas democracias saudáveis do mundo inteiro. Mais ainda, a corrupção está
profundamente entranhada na estrutura do sistema sócio-político, econômico
brasileiro. Significa que o sistema democrático no Brasil está gravemente
doente e em estado de coma. E para sair do estado de coma é necessário um
profundo e amplo expurgo da corrupção em todos os setores da sociedade. Será
que a democracia brasileira é forte o suficiente para conseguir sair do estado
de coma e recuperar a boa saúde? Se não conseguir se recuperar rapidamente, os
mais pobres serão os que mais sofrerão as duras consequências, como aliás já
está acontecendo com os cortes orçamentários nos programas Minha Casa Minha
Vida, Pronatec, Aquisição de Alimentos, Farmácia Popular e Água para Todos,
além da vertiginosa deterioração dos mais importantes indicadores
socioeconômicos (crescimento do PIB, nível de produção, nível de investimento
interno, nível de renda, nível de consumo, nível de poupança, taxa de
desemprego, taxa de inflação, nível de investimento externo, cotação do dólar),
principalmente a partir do início do segundo mandato da Presidenta Dilma
Rousseff. Assistimos atônitos a uma vertiginosa deterioração dos principais
indicadores econômicos com uma velocidade sem precedentes, e alguns economistas
já começam a falar em depressão, que tecnicamente, explicado de uma forma
simples, consiste numa prolongada recessão econômica de três ou quatro anos com
uma queda acumulada do PIB em torno de 10%. No momento, o futuro é totalmente
incerto e não se enxerga nem uma tremulante luz de vela no final do túnel. Não
é catastrofismo, nem negativismo. É a mais pura realidade que só os mais
recalcitrantes partidários ou os próprios envolvidos no esquema de corrupção se
negam a enxergar!
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