segunda-feira, 4 de julho de 2016

A MÁFIA DA CORRUPÇÃO TOMOU CONTA DO BRASIL

 Por serem nacionais e algumas multinacionais, as empresas estatais brasileiras nacionalizaram e globalizaram a corrupção. A essa altura das investigações da operação Lava Jato fica evidente que a corrupção no estado brasileiro se estabeleceu como um poder paralelo e que ficou fora de controle, tal como aconteceu com o narcotráfico na Colômbia. Um poder paralelo dentro do próprio Estado. Não se pode mais atribuir a este ou àquele partido a responsabilidade pela corrupção no estado brasileiro. Por exemplo, no caso da Petrobrás, integrantes de cinco partidos políticos estão sendo investigados (PP, PMDB, PT, PSDB e PTB), entre eles o Presidente do Senado e o Presidente da Câmara dos Deputados. As bancadas dos Partidos Políticos aos quais pertencem os investigados somam 368 deputados; ou seja, 71,7% dos integrantes da Câmara dos Deputados. A corrupção se encontra entranhada no corpo do Poder Legislativo e, a julgar por algumas decisões de alguns juízes do Superior Tribunal Federal, inocentando e libertando corruptos do Mensalão, no mais alto escalão do Poder Judiciário também. O problema é que a corrupção, que começou ninguém sabe dizer exatamente como nem quando, de forma amadorística e pontual, para financiar este ou aquele deputado ou senador, fugiu do controle e as contribuições para as campanhas políticas hoje representam apenas a fachada de um poder paralelo, fonte de enriquecimento ilícito de centenas ou tal vez de milhares de pessoas no Brasil e no Exterior. A contabilidade das propinas nas planilhas dos projetos da Petrobrás é complicada, mais a contabilidade da Máfia da Corrupção é simples: um para você e um para mi. Se assim não fosse, o Sr. Pedro Barusco não teria acumulado US$ 97 milhões de propina em contas no exterior, que ele diz serem dele e, pasmem, dos quais ele não tocou nem um centavo sequer, a não ser para fazer um tratamento de saúde. No depoimento de Pedro Barusco na atual CPI da Petrobrás, ele declarou estar aliviado por ter se livrado dos US$ 97 milhões, atitude bastante estranha para alguém que roubou por conta própria durante treze anos e cujo objetivo era ficar rico. É obvio que no depoimento da CPI ele só falou algumas meias verdades. E eis aí que surgem várias perguntas que não querem calar: Por que ele se sentiu aliviado de ter se livrado dos US$ 97 milhões? Ele tinha medo de que? Quem era ou eram os verdadeiros donos do dinheiro nas contas de Pedro Barusco no exterior? Não seria a hora do Sr. João Vaccari Netto falar toda a verdade para ficar aliviado também? Porque a esta altura do campeonato ele deve estar se lembrando muito bem do destino trágico de um colega dele nessa rentável, porém às vezes perigosa, profissão de Tesoureiro de Campanha Política. A Mafia da Corrupção não tem partido. A Colômbia é aqui!

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